JÁ EXPERIMENTOU ORAR NO ESPÍRITO?

JÁ EXPERIMENTOU ORAR NO ESPÍRITO?

Venho novamente trazer à baila algo de extrema importância, mas que passa desapercebido entre nós, eu acredito que pelas vicissitudes da vida nos leva a esse amortecimento da sensibilidade espiritual.
Orar no Espírito está transcrito três vezes na Bíblia e cada uma das passagens nos leva para um novo aprendizado.

Em 1 Coríntios 14:15 diz: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”.
Em Efésios 6:18 diz: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”.
Em Judas 20 diz: “Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo”.

QUAL O SIGNIFICADO DE ORAR NO ESPÍRITO?

A primeira palavra significativa que me vem na mente é “orar por meio do Espírito Santo”.
Poderia dizer de forma mais simplista que orarei com a razão e o sentimento do Espírito Santo em mim.
A palavra grega προσεύχομαι (proséfchomai) traduzida “rezar”, “orar em” pode ter vários significados diferentes. Pode significar “por meio de”, também “com a ajuda de”.
Orar no Espírito não se refere às palavras que estamos dizendo sob o comando, sob o controle do Espírito Santo. Podemos iniciar com um foco e propósito, porém, acabamos pronunciando palavras que não estaria nos nossos pedidos ou melhor dizendo, ficou fora do planejado.

Em Romanos 8:26 diz: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”.
Certamente, entendemos que o Espírito Santo nos conhece muito mais que nós mesmos, por isso nos assiste em nossas fraquezas. Por mais que saibamos das nossas fraquezas, Ele tem o melhor caminho para nós.

O que me surpreende são as formas de orar em Espírito em:

1 Coríntios 14:15 diz: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”.
Orarei com o espírito, mas também com a mente, nos leva a crer que por mais que o Espírito Santo esteja no comando minha mente continua plena.
Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente. Ainda que meu canto seja celestial movido pelo Espírito Santo minha mente continua plena.
Isso me ensina que o Espírito Santo é extremamente educado e respeitador a ponto de me mover até ao mais alto dos céus, mas, me deixa plenamente consciente com mente ativa.

FICOU DE FORA ORAR EM LINGUAS?

Não! Claro que não! Porém, como o orar em línguas é o menor dos dons deixei para o final.
Até por que orar em línguas estranhas em público devemos respeitar alguns protocolos espirituais.
São esses: quando tiver alguém orando em línguas em meio a outros, devemos ter obrigatoriamente alguém que interprete pelo simples fato de que seja para edificação da igreja, ou melhor dizendo, edificação de uma única pessoa ou uma comunidade.
Nesse caso o Espírito Santo usa alguém em línguas estranhas para trazer uma revelação, mas, também usa um outro para entregar a revelação na palavra compreensível ao que deve receber.

Poderá também, o mesmo que recebe pelo Espírito, poderá receber em sua mente o seu significado, trazendo luz ao entendimento. Da mesma forma, ao cantar pelo
Espírito, poderá cantar pelo entendimento, ou seja, embora seja línguas estranhas no sonoro, mas, em sua mente já vem codificado.

Com base no versículo abaixo faremos algumas reflexões de alto nível de conhecimento e concepção.

Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 1 Coríntios 14:15 NVI

Por vezes vejo pessoas igualando orar no Espírito com orar em línguas estranhas.
Pois bem, venha nessa contramão dizer que pode sim ser igualado dependendo do aspecto da situação e de quem estiver orando em línguas estranhas.
Paulo menciona “Orarei com o espírito”. 1 Coríntios capítulo 14 declara que quando uma pessoa ora em línguas, ela não sabe o que está dizendo porque está falando em uma língua desconhecida. Além disso, ninguém pode entender o que está sendo dito, a menos que haja um intérprete.

Entendo que o intérprete deva ser um outro para que seja melhormente aceito, porém, entendo que não havendo quem interprete, melhor ficar calado. Contudo, já vi casos em que o recebedor é o mesmo que interpreta.
Sei que eu trouxe um novo raciocínio para alguns que ainda não sabem o que é isso. Contudo, irá ampliar a sua mente e te levar a um novo nível de entendimento libertador.

Em Efésios 6:18, Paulo nos ensina: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”. Como podemos orar com toda oração e súplica por todos os santos se ninguém, incluindo o que ora, entende o que está sendo dito?
Portanto, orar no Espírito deve ser entendido como orar no poder do Espírito, de acordo com o comando e vontade do Espírito Santo, e dependendo da situação deve ser visto também na  oração com línguas espirituais.

E AGORA?? PIREI NESSA!!

De repente, vem alguém que eu mau conheço e contradiz tudo o que eu demorei para entender. Sim, é isso mesmo! Creio que é o momento de saber que não se limita o Espírito Santo.

Embora Paulo tenha se referido no versículo 13 e 14:

Por isso, quem fala em língua, ore para que a possa interpretar.
Pois, se oro em língua, meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera.
1 Coríntios 14:13,14 NVI

Note que no 13 Paulo diz para quem fala em língua, ore para que possa interpretar. Poia bem! Paulo quer que quem fala em línguas deve orara para encontrar alguém que interprete? Ou, Paulo está dizendo, ore para que você possa interpretar?
Paulo vai mais forte nisso no versículo 14 dizendo que somente orar em línguas e não souber interpretar a mente fica infrutífera.
Para entendermos melhor a seara em estamos entrando, melhor seria entendermos o significado de mente infrutífera.

infrutífero adj. Que não dá fruto; estéril. Fig. Que não produz; resultado útil; inútil, infrutuoso: trabalho infrutífero.

Olhem bem! Que não dá fruto; que não produz resultado, ou melhor dizendo coisa ou trabalho inútil.
Que me adianta orar em línguas e ter a mente vazia? Que proveito eu ou alguém terá com isso?

Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
Se você estiver louvando a Deus em espírito, como poderá aquele que está entre os não instruídos dizer o "Amém" à sua ação de graças, visto que não sabe o que você está dizendo?
Pode ser que você esteja dando graças muito bem, mas o outro não é edificado.
1 Coríntios 14:15-17 NVI

PAULO ENSINA O QUE DEVEMOS FAZER

No versículo 13 ensina a buscar em oração saber interpretar a sua própria oração em línguas. Mas também ensina no versículo 14 que ora em espírito, mas a mente está infrutífera.
No versículo 15 Paulo diz: Então, o que farei? Ele faz a pergunta e ao mesmo tempo responde.
Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento ou com a mente. E também se cantar no espírito, cantará na mente, no entendimento.
Entendo que, por obrigatoriedade devemos saber o que está ocorrendo, devemos orar no espírito e devemos entender ou que haja alguém que entenda e transmita.

Vemos claramente no versículo 16 que Paulo recomenda que realmente se entenda o que ocorre, por que como alguém poderá dizer um amém ou um graças a Deus se não souber o que está sendo dito?

Visto que, vemos ainda que devemos ter ordem nas revelações para não criar desordem e confusão na mente coletiva da igreja.

Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus. 1 Coríntios 14:27,28 NVI

DEVEMOS SER ADULTOS E NÃO MAIS CRIANÇAS

Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos. 1 Coríntios 14:20
Paulo nos exorta sermos adultos nessa questão, devemos deixar de sermos meninos nessa questão de falar ou orar em línguas estranhas. Nos cutuca para deixarmos de tratar esse assunto como uma espécie de conto mágico, e, nós como criança estamos ávidos para ouvir o contador de estórias nos surpreender.

Ser adulto, remete a termos os pés no chão, ou melhor dizendo, sermos equilibrados tendo a nossa mente frutífera. O que quero dizer é que, devemos ora em línguas, mas, devemos ter a mente frutífera, devemos saber o que estamos fazendo mesmo que pelo Espírito.
Me perdoem os irmãos que estão se sentindo confusos, traídos e até mesmo desnorteados por conta dessa nossa visão. Prefiro dar feijoada a vocês do que continuar dando papinha e alisando seu ego rebuscado de pretensos dons emblemáticos improdutivos.

Não se iluda irmão! Assim como Paulo ensinou e desejou que viéssemos ter mais conhecimento, o próprio Espírito Santo também está deveras interessado que muitos desvendem o que parecia um segredo, um enigma.
 Devemos valorizar tudo isso, mas, devemos sobremodo saber onde e quando devemos usar esse dom de orar no Espírito e orar com a mente.

Fora disso, devemos ter cuidado para não causarmos constrangimentos e até mesmo julgamentos equivocados.

Pois está escrito na Lei: "Por meio de homens de outras línguas e por meio de lábios de estrangeiros falarei a este povo, mas, mesmo assim, eles não me ouvirão", diz o Senhor.
Portanto, as línguas são um sinal para os descrentes, e não para os que crêem; a profecia, porém, é para os que crêem, e não para os descrentes.
1 Coríntios 14:21,22 NVI

Ora! Se as línguas são para os descrentes, logo, entendemos que qualquer que seja a palavra deve ter interpretação. Ao contrário disso, estaremos simplesmente indo contra a palavra do Senhor.
Vejo que devemos em outro momento oportuno esclarecer o que venha ser um descrente. Saberemos assim a melhor forma de entender que a línguas são para os descrentes e as profecias para os que creem.
Porém, deixo uma reflexão de meu crivo: Descrente, alguém que deixou de acreditar, que perdeu a fé por algum motivo. Não quero dizer incrédulo, como alguém que em nada crê.

Fiquem com Jesus.


Roberto Polido.

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